Infelizmente
no atual contexto evangélico, em certa parte está se adorando a um “Jesus”
produzido artificialmente para os próprios interesses de tais, e relativizado
por uma ideologia corrente, que tenta fazer do Cristo revelado nas Escrituras
não um messias, mas uma espécie de mero auxiliador pragmático e pessoal, um
tipo de amuleto. E esse falso Jesus não é o mestre, mas um tipo de instrutor
para conveniências; não um salvador, mas uma espécie de “Magaiver ungidão”, que
apenas vem para resolver situações. E isto tudo é na verdade a individuação do
egoísmo existencial contemporâneo, fruto do sedentarismo espiritual de muitos.
Mas
o Jesus dos evangelhos não é um tipo de superman, um thor, um filho de Zeus.
Não é um mero personagem, um super teólogo, nem um curandeiro particular. Jesus
é o filho de Deus, o messias, o Cristo. Ele é o nosso Senhor, o qual foi
concebido por obra do Espírito Santo, que nasceu da virgem e padeceu, foi
crucificado, morto e sepultado; mas ressurgiu dos mortos ao terceiro dia e
subiu ao Céu. E está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de
vir para julgar os vivos e os mortos.
Jesus
é então aquele que já é antes de tudo ser. E é aquele que continua sendo quando
tudo não é. Cristo é totalmente homem,
mas também é o totalmente Deus encarnado; aquele que nasceu, mas já existia (I
Pedro 1:19,20; João 1:1-3). Ele é o Senhor que absolutamente não é relativizado:
Ele é verdade pura. Jesus é Deus e Deus estava em Cristo; Ele e o Pai são um
(João 10:30).
E
aí é que a coisa se conflita com a geração pós moderna, pois a ideia inexorável
de que Cristo é Senhor, em geral é repugnada e não interessante a muitos
círculos religiosos; para esses a melhor forma de guiar o mundo é não tendo um
governante assim: soberano e acima de tudo e todos. E a problemática é que nisto
comete-se idolatria contra Deus, quando se adora ao Jesus que não é esse Deus,
mas apenas uma emanação humanística, um simples profeta e mestre.
Quem
não crê que Jesus é Deus, mas o adora meramente por outra razão, comete
idolatria contra Deus. E comete-se isto até quando se “usa” o nome “Jesus” como
simples força e poder, mas sem que se o discirna, sabendo a verdade pela Verdade.
Pois não existe conhecimento de Jesus se para o “discípulo” Ele não é Deus. É
então pecado adorar a um “Jesus” que não seja o Jesus dos evangelhos!
E
esta é a grande questão, pois na prática até em muitos cultos, Jesus não é
reconhecido pelo que a Palavra diz: E mesmo que se diga com os lábios que Ele é
Deus, não se crê de fato nisso. E se por acaso não aceita ao Jesus que é, se
crerá no que não é. E aí tudo se relativiza, inclusive não se crerá na sua
volta, do que é o pecado, do que é salvação, etc.
Alguns
também não querem que Jesus seja o mediador ou único nisto. O tempo todo vemos
mediadores sendo criados. Mas a bíblia é inexorável ao afirmar: “Pois há um só
Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus” (I Timóteo
2:5). Sendo assim, é necessário uma reforma no que se acredita, e retornar a
crer em Jesus pelo que as Escrituras dizem, para que os corações venham a arder
não pelo que a mente quer, mas pelo que a Palavra afirmar. Quem adora a um
Jesus diferente do que foi entregue e está revelado nas Escrituras é idolatra.